Uma empresa cresce por uma infinidade de fatores; alguns têm maior peso, outros influenciam menos. Estabelecer uma boa relação entre os sócios pode parecer simples e talvez não esteja entre os primeiros itens citados por gestores. Mas, além de exigir um esforço coletivo, requer diálogo frequente e definição de algumas regras.
Uma relação ruim entre proprietários pode pôr em risco a credibilidade da empresa e comprometer a sua imagem junto aos clientes e fornecedores. Em maior grau, problemas graves de relacionamento podem, inclusive, dizimar a amizade e arruinar o negócio.
Para evitar que isso ocorra, listamos abaixo 8 dicas que contribuem para uma relação saudável entre os sócios de uma empresa. Afinal, todos querem que o negócio prospere! Vamos a elas:
1. Saiba separar amizade e trabalho
Já ouviu aquela máxima de que “amigos, amigos; negócios à parte”? Uma das primeiras medidas a serem estabelecidas entre sócios é separar amizade e trabalho.
A relação entre os sócios precisa ser de total transparência desde o início para que não ocorram desentendimentos antes mesmo de o negócio engrenar. O ideal é que as partes envolvidas estejam cientes dos desafios, da missão e dos valores da empresa.
Uma boa maneira de aparar as arestas é fazer reuniões em espaços curtos de tempo para que todas as ações a serem tomadas por um ou mais sócios sejam informadas a todos eles.
É como se fosse uma engrenagem que precisa funcionar logo nos primeiros movimentos. O discurso deve ser uníssono, mesmo que dito por várias vozes. Isso passa credibilidade para os funcionários, e, consequentemente, para os clientes e fornecedores.
2. Busque o melhor que seus sócios têm a oferecer
Todos os seres humanos têm dentro de si habilidades e, digamos, defeitos. Para formar uma sociedade, é preciso “sugar” dos sócios tudo de bom que eles têm a oferecer. Melhor ainda se cada sócio for totalmente diferente do outro.
Você é bom em matemática, outro é bom em atendimento, um terceiro tem uma visão melhor de gerenciamento e por aí vai.
Isso demonstra que todos os sócios não precisam, necessariamente, pensar da mesma maneira, mas devem estar preparados para convergir ideias. A unanimidade deve ser a busca pelo sucesso da empresa.
3. Estabeleça contribuições financeiras iguais
Um dos maiores erros de gestão em uma sociedade é a divisão não igualitária do investimento financeiro na empresa.
Esse desequilíbrio pode causar rixa entre os empreendedores: um deles pode se sentir no direito de exigir mais que os outros por ter investido mais que as outras partes ou ainda se sentir mais qualificado para tomar decisões importantes, sem consultar o restante dos sócios, o que poderia inviabilizar o negócio.
Para que “o poder” e o status dos sócios sejam divididos da mesma forma, é preciso que o aporte financeiro seja o mesmo. Até porque, se o negócio não der certo, o prejuízo também precisa ser compartilhado em partes iguais.
4. Defina a divisão da participação de cada um
Vamos supor que um dos sócios de uma empresa esteja exercendo cinco funções, um segundo faça três tarefas e um terceiro apenas uma. Caso as atividades tenham o mesmo peso, é importante tentar encontrar um equilíbrio entre as ações para que a divisão fique justa e ninguém se sinta prejudicado.
Esclarecer todas as funções, delimitando a participação individual dos sócios, é uma forma de alinhar discursos, implementar projetos e desenvolver estratégias de negócio.
É claro que muitas vezes fica difícil detalhar determinadas atividades e compará-las umas às outras, mas aí entra o bate-papo. A comunicação eficiente entre os sócios é fundamental para que as distorções sejam reduzidas e o serviço seja desenvolvido com qualidade, sem ressentimentos.
5. Saiba pedir sugestões e conselhos
E se seu setor está passando por um problema e você está inseguro quanto ao que fazer para gerenciar a questão? Além de ouvir seu coração e seguir seus instintos, que tal experimentar ser honesto com seus sócios?
Abra o jogo. Como sócios, eles ouvirão suas questões e talvez sejam as pessoas mais adequadas a aconselhá-lo, porque querem o mesmo que você: que a empresa cresça, sem a possibilidade de fechar as portas.
6. Não minta para seus sócios
Mentir não é aconselhável em nenhuma situação, especialmente quando envolve relações de trabalho. Muitos casos acabam terminando na Justiça e vão se resolver anos depois.
Se você tem uma revelação a fazer aos seus sócios de algo que você se arrependeu, a verdade é sempre o caminho correto. Porque depois da primeira mentira, o encanto se quebra e os sócios nunca mais acreditarão em você.
Portanto, reúna forças e crie coragem. Duas ou mais cabeças pensando juntas podem gerar novas ideias que até então não haviam sido compartilhadas. Lembre-se de que os sócios podem ser ótimos ouvintes. Basta que a verdade seja dita!
7. Admita que as ideias de seus sócios podem ser melhores que as suas
Seja humilde. Se seus sócios tiveram uma ideia bem melhor que a sua, admita. Dessa vez, eles se saíram melhor. Dê a possibilidade a si mesmo de errar de vez em quando.
Na verdade, não é uma questão de estar totalmente errado. É sim entender que não se pode ganhar todas as vezes. Cada caso é um caso. E você também não quer que sua ideia seja posta em prática se a do colega for mais eficiente.
Ter a habilidade de perceber a derrota faz com que você queira evoluir. E nesses momentos o melhor a fazer é receber a ideia do sócio de braços abertos.
8. Não se transforme em um “reclamão” no meio do expediente
Reclamar de alguma atividade ou divergir de alguma opinião de seus sócios na frente de outros funcionários não é uma atitude adequada no meio empresarial.
O que pode ocorrer é a discussão ficar mais acalorada e prejudicar o bom andamento das relações de trabalho.
Caso não esteja satisfeito com alguma tarefa ou caso algo esteja incomodando você, converse com seus sócios em algum lugar privado, nunca na frente dos empregados.
E então, gostou das nossas dicas? Você acha que a partir de agora pode manter uma boa relação entre os sócios? Comente este post. Dê sua opinião!